No período de 465 a.c, na Babilônia já conquistada pela Pérsia, o povo judeu foi ameaçado de extermínio pelo Primeiro Ministro do Rei Assuero (Xerxes), Haman.
Purim (Pur=sorte) comemora a milagrosa salvação do povo judeu da trama que Haman preparou para destruir, matar e aniquilar todos os judeus, jovens e idosos, crianças e mulheres, em um único dia. Ele não fazia distinção entre os judeus; para ele, todos eram iguais e cada um deles tinha que ser exterminado. Como todos eles viviam sob o domínio do Rei Assuero, a “Solução Final para a Questão Judaica” de Haman, se aplicava a cada um deles.
Jejum de Ester
Quando a heroína da festa, a Rainha Ester, foi informada sobre o decreto genocida de Haman, ela pediu ao seu tio Mordechai, líder do povo judeu, que ordenasse aos judeus jejuarem por três dias. Ela própria jejuaria, bem como Mordechai. O propósito do jejum era ganhar o favor do Todo Poderoso, Rei dos Reis, para que ela, Ester, conseguisse influenciar seu esposo, o rei Assuero, para frustrar os planos de Haman.
Para celebrar esse jejum de três dias, que foi instrumental para a salvação de nosso povo, jejuamos no dia que antecede Purim. Taanit Ester (o Jejum de Ester) se inicia cerca de uma hora antes do nascer do sol e dura até a noite. É costume quebrar o jejum após ouvir a leitura noturna da Meguilah.
Esta que é uma das mais queridas histórias bíblicas, base da festa de Purim, está relatada no Livro de Ester (Hadassa.
Em união, o povo judeu enfrentou essa ameaça à sua existência, orou e jejuou e Ester conseguiu interceder diretamente com o rei, estragando o plano diabólico de Haman, destruindo-o junto com sua família e outros inimigos do povo judeu. E assim, mais uma vez, o povo judeu prevaleceu contra seus inimigos.
A Meguilat Ester é o único livro do Tanach que não faz menção a D-us, nem uma vez sequer. Segundo alguns estudiosos judeus, a razão para essa omissão é que na história de Purim, D-us “usou um disfarce”: Ele Se ocultou e agiu sigilosamente. Ao orquestrar uma série de eventos naturais, uma série incrível de “coincidências”, Ele salvou o Povo Judeu.
Daí vem o costume do uso de fantasias na Festa de Purim. A tradição é alusiva aos milagres Divinos ocultos que salvaram nosso povo do nefasto objetivo de Haman.
Outro costume é o envio de presentes de alimentos a amigos (Mishloach Manot) e também pessoas carentes (Matanot LaEvionim). Pois a Festa de Purim enfatiza e celebra a unidade judaica e a sobrevivência física do povo judeu. Por isso, todos os costumes relativos à festa enfatizam e buscam promover a amizade e o senso de comunidade.
Na Festa de Purim o Livro de Ester é lido nas sinagogas e comunidades, em todo Israel.
Na verdade, o Livro de Ester tem uma mensagem para toda a humanidade. Alerta contra o mal, que é o preconceito e suas consequências: perseguição, sofrimento e infelicidade. Ao mesmo tempo, transmite a esperança de que temos um D-us poderoso que salva, disposto a ouvir as orações dos seus servos quando em situações impossíveis de serem resolvidas aos olhos humanos.
Chag Purim Sameach (Feliz Festa de Purim)!