CRONOLOGIA DE ISRAEL

1. Período Antediluviano (Gên 2 a 6)

4004 a.C. – 2348 a.C (1656 anos)

  • Adão criado em 4004 a.C.
  • O Dilúvio ocorreu em 2348 a.C.

Nesse período, a Babilônia torna-se uma grande civilização.

  • Primeira dinastia de Ur: 2800-2400 a.C. 

Ur, a cidade de Abraão, era cidade-reino predominante na época, no mundo então conhecido. Foi depois eclipsada pela cidade de Babilônia.

  • Reinos do Alto e Baixo Egito. 
  • Menes unifica o Egito: 2900 a.C.

2. Período do Dilúvio e Dispersão das Raças (Gên 7 a 11)

2348-2248 a.C (100 anos)

  • Sem (filho de Noé) viveu 98 anos até o Dilúvio, e mais 502 após. Ele foi um elo entre as gerações posteriores ao Dilúvio.
  • Nascimento de Abraão: 1996 a.C.

De Adão a Abraão: 2008 anos

3. Período dos Patriarcas (Gên 12 a Êx 12)

(430 anos)

  • Chamada de Abraão: 1921 a.C.

    Os Hebreus (mais tarde Israelitas ou Judeus – do ponto de vista religioso) eram descendentes de tribos semitas nômadas. Um deles, Abraão, conduziu o seu povo desde Ur, junto ao rio Eufrates, na Baixa Mesopotâmia, até Canaã, para fundar uma nação dedicada ao serviço do D-us único.

  • Nascimento de Isaac:
  • Nascimento de Jacó:
  • Nascimento de José: 1800 a.C.
  • Imigração de Jacó e sua família para o Egito: cerca de 1750 a.C.

    Cerca do ano 1750 a.C. um grupo, de hebreus, instalou-se no Egito para escapar da fome, mais tarde, seriam transformados em escravos.

José morreu no Egito. Não houve tribo com esse nome. Seus dois filhos Efraim e Manassés deram nomes a duas tribos e ocuparam os territórios que seriam de Levi (que não teve território, mas, cidades) e José.

  • · Nascimento de Moisés: 1571 a.C. 
  • · Permanência de Israel no Egito: cerca de 400 anos.
  • · Êxodo dos Israelitas: cerca de 1250 a.C.
  • Libertados durante o reinado de Ramsés II, regressaram à Canaã, sob a liderança de Moisés. Peregrinam no deserto por mais de 40 anos. (Êx 13 a Js 24)
  • Morre Moisés: 1451 a.C.

    O povo hebreu agora está sob a liderança de Josué. Segue em direção a Terra Prometida, para conquistá-la, assim como ordenou D-us, a Moisés. 

  • Passagem do Jordão: 1451 a.C.

    O povo hebreu conquista em Canaã e entra em conflito com os habitantes locais, Cananeus e Filisteus. 

  • A conquista de Canaã, durou 6 anos (1451-1445 a.C.)
  • Apogeu do Império Hitita: 1400 a.C.
  • Projeção dos gregos e sua colonização na Ásia Menor.

4. Período da Teocracia (Jz 1 a I Sm 10) (Ver Juízes 11.26.)

1445-1100 a.C. (345 anos) 

  • Época dos Juízes até o profeta Samuel

    Quando os hebreus chegaram a Canaã, se dividiram em doze tribos e escolheram vários juízes para comandá-los na luta contra os povos locais, pela posse das terras. Os juízes desempenhavam o papel de chefes mililtares, políticos e religiosos, pois eram considerados enviados de D-us para liderar o povo. Josué foi o primeiro juiz.

  • Ministério de Samuel: 1100-1053 a.C. – cerca de 47 anos.
  • Egito: centro de cultura geral.
  • Projeção da Grécia. Destruição de Tróia: 1184 a.C.
  • Os navegantes exploradores fenícios chegam a Gibraltar: 1100 a.C.

    Até aqui, a cronologia é por demais incerta. A cronologia da época dos Juizes é uma das mais confusas. (A partir do período seguinte, a História já fornece dados mais seguros para cálculos).

5. Período dos Reis (I Sm 11 a II Cr 36)

467 anos

    Reino Unido ou Monarquia: 120 anos (1 Sm 11 a II Cr 9). De Saul (1053) a Salomão (933 a.C.)

  • O primeiro rei foi Saul que tevem um reinado de 40 anos. Cerca de 1053 a.C. 

    Samuel, último juiz Israelita, conforme indicação de D-us, unge Saul como primeiro rei de Israel. Saul leva a cabo uma rebelião com êxito, contra os Filisteus. 

  • Os Filisteus conquistam Israel: Cerca de 1050 a.C.

    Saul suicida-se após ser derrotado pelos filisteus, na batalha de Gilboa. (I Cr 10.6)

  • Davi sobe ao trono 1013-973, um reinado de 40 anos (2 Sm 5.4).

    Quando Davi sucedeu Saul, conquistou o resto de Canaã, escolhendo Jerusalém como capital do reino.

  • Morre o rei Davi: Cerca de 970 a.C.
  • Salomão: 973-933, reinado de 40 anos (1 Rs 11.42).
  • Consagração do Templo de Jerusalém, construído por Salomão, com a ajuda e com materiais de Hirão de Tiro, para receber a Arca da Aliança. 953 a.C.

    Com a morte de Davi, seu filho Salomão o substitui. Salomão levou o povo hebreu ao ponto mais elevado de grandeza realizando obras grandiosas. A obra mais importante foi o templo de Jerusalém que abrigava a Arca da Aliança. Salomão possuía habilidade política e para construir obras grandiosas aumentava os impostos e retirava os camponeses da lavoura para ajudar nas construções. O aumento dos impostos também pagava o luxo de toda sua corte e as despesas com numerosos funcionários, além da sua família com 700 esposas e 300 concubinas.

  • Assíria – império mundial: 900-607 a.C.

6. Período do Reino Dividido (I Rs 12 a II Cr 36)

    Depois da morte do filho do rei David, Salomão, o reino dividiu-se em dois, Israel no Norte e a Judéia no Sul.

    O de Israel, ao norte, cuja capital era Samaria, era formado por dez tribos governado por Jeroboão I, e o de Judá (ou Judéia), ao sul, cuja capital era Jerusalém, era formado por duas tribos, governado por Roboão.

    Os dois reinos acabaram por ser em destruídos pelos Babilónios e os seus habitantes foram reduzidos à escravatura. Quando os Persas conquistaram a Babilônia, cerca de 539 a.C., os israelitas foram autorizados a voltar à sua pátria.

  • Reino do Norte (Israel) durou mais de 200 anos (933-721 a.C.) 
  • Reino do Sul (Judá) durou mais de 300 anos (933-586 a.C.)

Cronologia de Israel – PARTE 2

7. Período do Cativeiro e Restauração: (II Cr 36 a Ne 13)

Cativeiro: 70 anos

Restauração: 104 anos

  • Início do cativeiro do Reino do Norte (Galiléia): 734 a.C. Cativeiro total do Reino do Norte: 721 a.C.
  • Início do cativeiro de Judá: 606 a.C. 1ª leva de cativos, inclusive Daniel. (Ver II Crônicas 36.6,7 com Daniel 1.1-3.) Templo saqueado. Jeoaquim subjugado.
  • Segunda leva de cativos de Judá: 597 a.C. Nesta leva foi o profeta Ezequiel, o rei Jeoaquim e 10.000 homens escolhidos (II Rs 24.14-16). Mais tesouros do templo foram levados. 
  • Terceira leva de cativos: 586 a.C. Desta vez Nabucodonosor destruiu Jerusalém e incendiou o Templo, levando entre os cativos o rei Zedequias (II Rs 25.8-12; Jr 52.28-30).
  • Roma é fundada em 753 a.C.
  • Os fenícios dão volta à África em 600 a.C.
  • Faraó Neco II tenta construir um canal ligando o mar Vermelho ao Mediterrâneo utilizando 120.000 homens. (Fato concretizado no Canal de Suez, no século passado.)
  • A Pérsia esmaga o Egito: 525 a.C.
  • Projeção dos estados gregos – Atenas e Esparta.

854 a.C. – Ahab de Israel, Ben Hadad de Damasco e Irkhulenin de Hamath conduzem um exército para deter o avanço de Salmanasar III, apoiado pelo Egipto e por Jehoshaphat da Judeia;

842 a.C. – Jeú, um soldado israelita, dirige uma rebelião contra o filho de Ahab, Jeorão, fundando uma nova dinastia em Israel;

783 a.C. – Jeroboão II é rei de Israel até 748 a.C. e surge um período de prosperidade;

722 a.C. – Sargão II da Assíria toma a Samaria e acaba com o reino de Israel. As tribos que o formavam desaparecem;

682 a.C. – A Judéia rende-se à Assíria;

605 a.C. – Nabucodonosor II, o Grande, sobre ao trono de Babilônia até 561 a.C.. A Judéia passa ao domínio da Babilônia;

586 a.C. – Nabucodonosor II da Babilônia saqueia Jerusalém e deporta grande parte da população para o cativeiro, na Babilônia;

539 a.C. – Ciro, o fundador do império Persa, conquista a Babilônia e transforma a Judéia e a Fenícia em províncias persas;

538 a.C. – Um édito de Ciro permite que alguns Judeus exilados regressem à Judéia;

520 a.C.- Retoma-se o trabalho na reconstrução do Templo de Jerusalém, que ficou concluído em 515 a.C.;

    Ageu e Zacarias – profetas da restauração: 520 a.C. em diante

445 a.C. – O profeta Neemias reconstrói as muralhas de Jerusalém

    Neemias nomeado governador. Reedifica os muros e a cidade de Jerusalém, em 444. Volta à Pérsia em 434. Retorna a Jerusalém em 432 a.C. (Ne 13.6).

350 a.C. – Falha a revolta dos Judeus contra os Persas;

332 a.C. – Fim da dominação persa: Alexandre Magno conquista a Judéia. Ao fracionar-se o seu império, os Lágidas do Egito e os Selêucidas da Síria disputam a Judéia;

320 a.C. – Ptolomeu conquista Jerusalém;

250 a.C. – As escrituras hebraicas são traduzidas para o grego;

167 a.C. – Antíoco IV inicia a perseguição aos Judeus: adoração a Zeus no Templo de Jerusalém. Os Judeus, comandados por Judas Macabeu, revoltam-se contra Antíoco. É restaurada a adoração dos Judeus no Templo;

160 a.C. – Judas Macabeu morre na batalha contra os Sírios. Jonas Macabeu, irmão mais novo de Judas, torna-se líder dos Judeus;

157 a.C. – A Judéia torna-se um principado independente;

143 a.C. – Simão Macabeu, irmão mais velho de Judas e Jonas, torna-se líder dos Judeus;

141 a.C. – Os Judeus libertam Jerusalém, até então, ocupada pelos Sírios, e a Judéia é proclamada estado independente;

134 a.C. – João Hircano, filho de Simão Macabeu, governa a Judéia;

104 a.C. – Aristobulo I é rei da Judéia;

103 a.C. – Alexandre Janeu é rei da Judéia;

90 a.C. – Revolta dos Fariseus, na Judéia;

76 a.C. – Salomé Alexandra governa a Judéia;

    Em 76 a.C. Alexandre morreu e sua esposa seguiu seu conselho, iniciando um período de tranquilidade na Judéia. Salomé, conhecida como Alexandra subiu ao trono.

67 a.C. – Hircano II governa a Judéia. Guerra civil com o irmão, Aristóbulo II;

63 a.C. – Pompeu conquista Jerusalém e anexa a Síria. Morte de Aristóbulo II, rei da Judéia; Pompeu anexa a Judéia. Hircano II é nomeado sumo sacerdote da Judéia, até 40 a.C.;

De 37 a.C. a 4 a.C. – Reinado de Herodes, que reconstrói o Templo de Jerusalém. 

• Cerca do final do reinado de Herodes, nasce Jesus

4 a.C. – Morte de Herodes, o Grande. O seu reino é dividido entre os filhos: Herodes Arquelau, etnarca da Samaria e Judéia, Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia, e Filipe, tetrarca da Ituréia;

    Dez anos após a morte de Herodes (4 a.C.), a Judéia caiu sob a administração romana direta. À proporção que aumentava a opressão romana à vida judaica, crescia a insatisfação, que se manifestava por violência esporádica. 

6 – A Judéia passa a ser uma província romana. Os romanos depõem Herodes Arquelau e nomeiam procuradores para o governo da Judéia;

18 – Caifás é o sumo sacerdote de Jerusalém;

De 26 a 36 – Pôncio Pilatos é procurador da Judéia;

27 – Batismo de Jesus no Rio Jordão, por João Batista;

28 – João Batista, é executado por ordem de Herodes, a pedido de Salomé, por sugestão de sua mãe, Herodías;

30 – Pilatos ordena a crucificação de Jesus;

31 – Martírio de Estêvão, o primeiro mártir cristão;

32 – Conversão de Saulo (Paulo) de Tarso ao cristianismo, a quem Jesus apareceu, quando ele ia a caminho de Damasco, para prender e trazer para Jerusalém os judeus que seguiam Jesus, daquela cidade;

34 – Primeira visita de Paulo a Jerusalém, depois da sua conversão;

37 – Herodes Agripa, rei do Norte;

44 – A Judéia volta a ser governada por procuradores;

45 – Paulo inicia as suas viagens missionárias;

60 – Paulo, levado a julgamento perante Fresto, procurador da Judéia, apela para Roma;

66 – Revolta dos Judeus contra o mau governo dos procuradores romanos;

67 – Vespasiano, general romano, é enviado para a Judéia, com o objectivo de suprimir a revolta;

69 – Vespasiano, mandado regressar da Judéia, derrota e mata Vitélio. Vespasiano torna-se imperador de Roma;

70 – Tito, filho de Vespasiano, conquista e destrói Jerusalém, acabando com a revolta dos Judeus. Dá-se início à Diáspora dos Judeus;

    A destruição total de Jerusalém e do Templo foi uma catástrofe para o povo judeu. De acordo com o historiador da época, Flavio Josefo, centenas de milhares de judeus pereceram durante o cerco a Jerusalém e em outros pontos do país, e outros milhares foram vendidos como escravos.

    O termo “diáspora” é usado com muita frequência para fazer referência à dispersão do povo judeu no mundo antigo, a partir do exílio na Babilônia no século VI a.C. e, especialmente, depois da destruição de Jerusalém em 70 d.C. Associada ao destino do povo hebreu, a palavra foi utilizada na tradução da Septuaginta (em grego) da Bíblia, onde se inscrevia como uma maldição: “Serás disperso por todos os reinos da terra.“

73 – Queda de Massada, última fortaleza dos judeus zelotes;

Nessa fase a Diáspora durou mais de dezoito séculos e meio. A Diáspora só se findou em 1948 quando a ONU criou o atual Estado de Israel.

8 – O Domínio Bizantino (313-646 d.C.)

    No final do séc. IV, após a conversão do imperador Constantino ao cristianismo e a fundação do Império Bizantino, a Terra de Israel se tornara um país predominantemente cristão. Os judeus estavam privados de sua relativa autonomia anterior, assim como do direito de ocupar cargos públicos; também lhes era proibida a entrada em Jerusalém, com exceção de um dia por ano (Tishá be Av – dia 9 de Av), quando podiam prantear a destruição do Templo. 

614 d.C. – A invasão persa, conta com o auxílio dos judeus, animados pela esperança messiânica da Libertação. Em gratidão por sua ajuda eles receberam o governo de Jerusalém; este interlúdio, porém, durou apenas três anos.

629 d.C. – O exército bizantino recupera o domínio da cidade de Jerusalém e os habitantes judeus foram novamente expulsos.

9 – O Domínio Árabe (639-1099 d.C.)

    A conquista do país pelos árabes, ocorreu quatro anos após a morte de Maomé (632 d.C.) e durou mais de quatro séculos, sob o governo de Califas estabelecidos primeiramente em Damasco, depois em Bagdá e no Egito. 

No início do domínio muçulmano, os judeus novamente se instalaram em Jerusalém, e a comunidade judaica recebeu o costumeiro status de proteção concedido aos não-muçulmanos sob domínio islâmico, que lhes garantia a vida, as propriedades e a liberdade de culto, em troca do pagamento de taxas especiais e impostos territoriais.

    Contudo, a introdução subsequente de restrições contra os não-muçulmanos (717 d.C.) afetou a vida pública dos judeus, assim como sua observância religiosa e seu status legal. Pelo fim do séc. XI, a comunidade judaica da Terra de Israel havia diminuído consideravelmente.

10 – Os Cruzados (1099-1291 d.C.)

    Nos 200 anos seguintes, o país foi dominado pelos Cruzados que, atendendo a um apelo do Papa Urbano II, partiram da Europa para recuperar a Terra Santa das mãos dos “infiéis”, neste caso, os árabes e judeus. Em Julho de 1099, após um cerco de cinco semanas, os cavaleiros da Primeira Cruzada e seu exército de plebeus capturaram Jerusalém, massacrando a maioria de seus habitantes não-cristãos.

    Entrincheirados em suas sinagogas, os judeus defenderam seu quarteirão, mas foram queimados vivos ou vendidos como escravos. Nas poucas décadas que se sucederam, os cruzados estenderam seu poder sobre o restante do país. 

    Após a derrota dos cruzados pelo exército de Saladino (1187 d.C.), os judeus passaram a gozar de liberdade, inclusive o direito de viver em Jerusalém. O domínio cruzado sobre o país chegou ao fim com a derrota final frente aos mamelucos (1291 d.C.) uma casta militar muçulmana que conquistara o poder no Egito.

11 – O Domínio Mameluco (1291-1516 d.C.)

    Sob o domínio mameluco, o país tornou-se uma província atrasada, cuja sede de governo era em Damasco. O período de decadência sob os mamelucos foi obscurecido ainda por revoltas políticas e econômicas, epidemias, pestes, devastação por gafanhotos e terríveis terremotos.

12 – O Domínio Otomano (1517-1917 d.C)

    Após a conquista otomana, em 1517, o país foi dividido em quatro distritos, ligados administrativamente à província de Damasco; a sede do governo era em Istambul. No começo da era otomana, cerca de 1000 famílias judias viviam na Terra de Israel, em Jerusalém, Nablus (Sichem), Hebron, Gaza, Safed (Tzfat) e algumas aldeias da Galiléia. A comunidade se compunha de descendentes de judeus que nunca haviam deixado o país, e de imigrantes da África do Norte e da Europa.

  • Morre o sultão Suleiman, o Magnífico (1566 d.C.), até então, se governo tinha sido eficiente trazendo melhorias e estimulando a imigração judaica. 

    À proporção que o governo otomano declinava e perdia sua eficiência, o país foi caindo de novo em estado de abandono geral. No final do séc. XVIII, a maior parte das terras pertencia a proprietários ausentes, que as arredavam a agricultores empobrecidos pelos impostos elevados e arbitrários. As grandes florestas da Galiléia e do monte Carmelo estavam desnudas; pântanos e desertos invadiam as terras de Israel.

Cronologia de Israel – PARTE 3

13 – O Sionismo (final do séc.19)

    O séc. 19 testemunhou os primeiros sinais de que o atraso medieval cedia lugar ao progresso. Eruditos ingleses, franceses e americanos iniciavam estudos de arqueologia bíblica. Foram inauguradas rotas marítimas regulares entre a Terra de Israel e a Europa, instaladas conexões postais e telegráficas e construída a primeira estrada, entre Jerusalém e Iafo. 

    A situação dos judeus do país foi melhorando, e a população judaica aumentou consideravelmente. Inspirados pela ideologia sionista, dois grandes fluxos de judeus da Europa Oriental chegaram ao país, no final do sec. XIX e início do sec. X. Resolvidos a restaurar sua pátria através do trabalho agrícola, estes pioneiros começaram pela drenagem dos pântanos e recuperação da terra árida. 

    Construíram novas colônias e lançaram os fundamentos do que mais tarde se tornaria uma próspera economia agrícola.

    Em dezembro de 1917, as forças britânicas, sob o comando do General Allemby, entraram em Jerusalém, pondo fim a 400 anos de domínio otomano.

14 – O Domínio Britânico (1918-1948)

    Em julho de 1922, a Liga das Nações confiou à Grã-Bretanha o mandato sobre a Palestina (nome pelo qual o país era designado na época). Reconhecendo a “a ligação histórica do povo judeu com a Palestina”, recomendava que a Grã-Bretanha facilitasse o estabelecimento de um lar nacional judaico na Palestina – Eretz Israel (Terra de Israel). 

    Dois meses depois, em setembro de 1922, o Conselho da Liga das Nações e a Grã-Bretanha decidiram que as estimulações destinadas ao estabelecimento deste lar nacional judaico não seriam aplicadas à região situada a leste do Rio Jordão, cuja área constituía os 3/4 do território do Mandato – e que mais tarde tornou-se o Reino Shemita da Jordânia. 

“Quem já ouviu uma coisa dessas? Quem já viu tal coisa? Pode uma nação nascer num só dia?” Is 66.8

1948 – Fundação do Estado de Israel, no dia 14 de Maio.

    15 de Maio – Exércitos árabes entram em guerra contra o novo Estado, que garante uma esmagadora vitória em 1949, com parte do armamento fornecido pelo então bloco do Leste. 

1956

29 de Outubro – Três meses após a nacionalização do Canal do Suez pelo Egito de Gamal Abdel Nasser, Israel lança os seus blindados e aviação à tomada da península do Sinai e alcança o Canal do Suez. Em 31 de outubro, a França e o Reino Unido bombardeiam o Egito.

Sob pressão da ONU, dos Estados Unidos e da União Soviética, Israel retira-se do Sinai.

1967 – A Guerra dos Seis Dias

    06 de Outubro – Desencadeia a designada “Guerra dos Seis Dias” e Israel assume o controle de Jerusalém leste, da Cisjordânia, de Gaza, das colinas do Golã e do Sinai.  Ao fim de seis dias de combates, os núcleos populacionais do norte do país ficavam livres do bombardeamento sírio, que durara 19 anos; a passagem de navios israelenses e com destino a Israel, através do Estreito de Tiran estava assegurada; e Jerusalém, que estivera dividida entre Israel e Jordânia desde 1949, foi reunificada sob a autoridade de Israel.

1973 – A Guerra de Yom Kipur

    06 de Outubro – A relativa calma ao longo das fronteiras terminaram no Dia da Expiação, o dia mais sagrado do calendário judaico, quando o Egito e a Síria lançaram um ataque de surpresa coordenado contra Israel. Durante as três semanas seguintes, as Forças de Defesa de Israel mudaram o rumo da batalha e repeliram os ataques. Dois anos de difíceis negociações entre Israel e o Egito e entre Israel e a Síria resultaram em acordos de separação de tropas, pelos quais Israel se retirou de parte dos territórios conquistados na guerra.

1978

Setembro – O Presidente egípcio Anwar Al Sadat e o primeiro-ministro israelense Menahem Begin concluem os acordos de Camp David, que implicam, em 26 de Março de 1979, a assinatura do primeiro tratado de paz árabe-israelense.

1982

06 de Junho – As tropas israelenses invadem o Líbano e cercam Beirute. A Organização de Libertação da Palestina (OLP) de Yasser Arafat abandona o país. Em Setembro, milícias cristãs libanesas pró-israelenses massacram a população civil nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, em Beirute.

As tropas israelenses ocupam o sul do Líbano até 2000.

1987

Dezembro – Início da “guerra das pedras” na Cisjordânia e em Gaza, a primeira Intifada (Levantamento) dos palestinos contra a ocupação israelense.

1993

13 de Setembro – Israel e a OLP assinam em Washington os acordos de Oslo sobre a autonomia palestina, assinalados por um aperto de mão histórico entre Yasser Arafat e o primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabin.

1994

A Jordânia assina um acordo de paz com Israel.

1995

Assassinato do Primeiro-Ministro Ytzhak Rabin, por um extremista judeu.

2000

Setembro – Depois das negociações de paz frustradas e a controversa visita de Ariel Sharon, então líder da oposição de direita, à Esplanada das Mesquitas, inicia-se a segunda Intifada.

    O exército israelense reocupa as principais cidades da Cisjordânia e em Março de 2002, lança a mais vasta ofensiva neste território desde 1967. Israel ergue um muro de separação com a Cisjordânia, justificado pela necessidade de impedir ataques palestinos.

2005

Setembro – Israel retira-se de Gaza e impõe um bloqueio após o movimento islamico Hamas assumir o controle político deste território.

2006

Após o sequestro de soldados israelenses pelo Hezbollah, Israel lança uma devastadora ofensiva no Líbano.

2014

08 de Julho – Israel desencadeia a operação “Cúpula de Ferro” na fronteira com a Faixa de Gaza para impedir os disparos de lança-foguetes e destroi os túneis escavados a partir do território palestino.

2015

Março – No comando do executivo israelense desde 2009, Benjamin Netanyahu vence as legislativas e forma uma coligação com os partidos nacionalistas ‘Lar Judaico’ e ‘Israel Beitenu’, o governo mais da direita da história do país.

2017

Junho – Israel inicia a construção de novos assentamentos, o primeiro em 25 anos.

    06 de Dezembro — O Presidente norte-americano Donald Trump reconhece Jerusalém como capital de Israel, desencadeando fortes protestos entre os palestinos e a reprovação da comunidade internacional. Netanyahu refere-se a “um dia histórico”.

2018

Janeiro – Washington anuncia que a sua embaixada será transferida de Tel Aviv para Jerusalém, em Maio, para coincidir com o 70º aniversário da fundação do Estado de Israel.

Pesquisa: Kesia Hadassah

Consulta bibliográfica: 

– Bíblia de Referência THOMPSON.

– A Study Guide of Israel. Fruchtenbaum, Dr. Arnold.

– A History of Israel and the Holy Land. Avi-Yonah.